Sorri e o Mundo Sorri Contigo por Luísa Sargento

28 fevereiro 2009

Quem tem um Mestre tem tudo!


foto Sara Garcia - menina madrugada

Quem pode ser díscipulo
O Kulárnava Tantra ensina:

"O Guru deve desistir de tomar como discípulo o discípulo de outro, o que instiga aos demais, o que é dado a fazer o proibido e omitir o que se lhe recomenda, o que divulga segredos, o que está sempre empenhado em buscar falhas nos outros, o que é ingrato, traiçoeiro, desleal ao seu Mestre, o que está sempre querendo exigir, o que decepciona a todos, o que é orgulhoso, o que se crê melhor de todos, o insincero, de raciocínio incorrecto, que gosta de brigar, rebate aos demais sem razão, o indigno de confiança, que fla mal das pessoas por trás, o que fala como um brahmane conquanto não tenha esse conhecimento, plagiador, condenado por todos, aquele que é duro, traidor do seu Mestre, que se engana a si mesmo, que incita a coisas falsas, dado aos ciúmes, intoxicação (por drogas), egoísmo, de mente ciumenta, dura e colérica, instável, criador de confusão, sem paz nem conduta correcta, que faz zombaria das palavras do seu Mestre, amaldiçoado por um Guru, esses são os que deve rejeitar."

O Kulárnava Tantra também cita as qualidade:
"O discípulo escolhido deve estar dotado de boas qualidades. Deve ser alguém digno de confiança, não intoxicado (por drogas), serviçal, não dado a atacar os outros, com aversão a ouvir louvores a si próprio, porém genial perante as críticas, deve ser alguém que fale do Guru, sempre na proximidade do Guru, agradável ao Guru, constantemente ocupado em seu serviço, com mente, palavras e corpo; que cumpre as ordens do Guru; que difunde as glórias do Guru; conhecedor da autoridade da palavra do Guru; que segue as intenções do Guru; que actua como um servidor do Guru; sem orgulho de classe social, honra ou riqueza e presença do Guru; que não cobiça os bens do Guru." in Escala Evolutiva, DeRose

21 fevereiro 2009

Valorizar

Há coisas que não entendo, certamente são muitas, mas hoje estou indignada com apenas uma! Já há uns tempos que ando a pensar nela e hoje parece que explodiu... Como se a última gota de água tivesse sido colocada no meu imenso copo de paciência e compreensão.

Não percebo, nem quero entender (desculpem o meu ego...) o facto de as pessoas não valorizarem o outro só por valorizar, sem que ele peça, sem que ele grite: ouve lá, não achas que valho mais do que isso?!?!

Esta necessidade constante de querer que o outro se humilhe, que suplique um pouco mais, é deveras irritante. Só que o mais incrível é que aqueles que se contentam com pouco, que são felizes simplesmente por que sim, são tão pouco valorizados, por norma até são sugados para o fim de um túnel como se eles nada fossem apenas porque são felizes e têm em si o gene de santôsha! Enquanto os outros que se enaltecem que dizem fazer mais do que fazem, que obrigam os outros a dizerem: sim és o/a maior/a! levam sempre mais um trunfo, mais uma palavra ou mais uma atenção!

Que sociedade esta... que quase consegue corromper aqueles que não se enquadram no seu padrão de aparência...

Dizia-me um amigo meu, noutro dia: se te contentas com uma flor quem é que te dará um ramo de flores?! Que confusão que isto me faz... Não sei se me consigo adaptar a esta perspectiva de vida, se este é o mundo em que quero viver...

A sorte é que continuo assim:
foto de Joel Bessa

01 fevereiro 2009

Parodoxo do Tempo

"Poucos são os que têm tempo suficiente e, contudo, qualquer um tem quase todo o tempo que existe." Paradoxo do Tempo




"No meu mundo, quando se corre, muda-se de lugar - explica Alice. Ao que exclama a Rainha: - O vosso país é muito lento! Aqui, como vês, é preciso correr o mais depressa possível para permanecer no mesmo lugar." L.Carroll




"Pensa nisto: quando te oferecem um relógio, estão a oferecer-te um pequeno inferno florido, uma prisão de rosas, um calabouço de ar. Não te estão só a dar o relógio, com os votos de parabéns e que o possas gozar por muito tempo porque é de boa marca, suíço e com âncora de rubis; não te estão só a oferecer esse pequeno engenho que prenderás ao teu pulso e levarás para todo o lado, Estão a oferecer-te - não o sabem, o mais terrível é que não o sabem -, estão a oferecer-te um novo pedaço frágil e precário de ti mesmo, algo que é teu mas não é o teu corpo, que é para prender ao teu corpo com a sua correia como se fosse um bracinho desesperado a agarrar-se ao teu pulso. Estão a oferecer-te a necessidade de lhe dar corda todos os dias, a obrigação de lhe dar corda para que continue a ser um relógio; estão a oferecer-te a obsessão de te certificares da hora exacta nas montras das joalharias, nos anúncios de rádio, no serviço telefónico. Estão a oferecer-te o medo de o perderes, de que to roubem, de que caia e se parta. Estão a oferecer-te a sua marca e a segurança de que é uma marca melhor do que as outras, estão a oferecer-te a tendência de comparares o teu relógio com os demais relógios. Não te estão a oferecer um relógio, tu é que és o teu presente, estão a oferecer-te a ti no aniversário do relógio." J.Cortázar in Preâmbulo às instruções para dar corda ao relógio

De Jimi Hendrix



"When the power of love overcomes the love of power, the world will know peace."