Sorri e o Mundo Sorri Contigo por Luísa Sargento

10 março 2009

Are we humans or are we dancers?

Praça Luís de Camões, após um pequeno-almoço ao som dos The Killers...


O que seremos? Apenas seres que caminham sem sentido, percorrendo estradas, desatentos ao que nos rodeia ou seres dotados de qualidades e oportunidades para dançarmos ao som da natureza que nos observa, das experiências por viver?

Algo mais sagrado, algo menos imediato e mais sentido, vivido de forma mais intensa, sem perder os pormenores, por vezes esquecidos... Vendo a pureza de tudo quanto existe, vagueando num sentido, crescendo alheio às futilidades da existência e preservando a realidade, sendo esta a experiência de cada dia, de cada momento que deve ser vivido sem estar condicionado a experiências anteriores ou que foram passadas por outros. Deixando que, embora possam ser avaliadas por alguns como ilusões, sejam a pura e verdadeira realidade para quem as vive sem deixar que os outros e as outras vivências influenciem a nossa intuição e a nossa realidade experimentada procurando pautar as nossas acções tendo em conta não a verdade da maioria, mas a situação isolada: cada minuto, cada segundo, cada dia passado é só um e apenas esse momento.

O presente sem passado, sem condicionamento! A mudança de paradigmas e hábitos perturbadores da evolução, para construir uma realidade futura imediata. A aproximação das realidades que nos tornarão unos com o Universo, com o Todo. A vivência de uma só realidade: que a ilusão e o ego não podem pautar as nossas acções mas sim a lucidez e o altruísmo. E que apenas podemos olhar para nós num egocentrismo altruísta, no sentido que nos observamos e estudamos com a intenção de mudar o que achamos de errado em nós, isolando-nos dos outros no foco das críticas, do ensejo de perfeição pois essa perfeição só devemos procurar em nós, por mais óbvio que pareça que algo de errado está ali ao lado porque, provavelmente, a consciência é diferente, nem que seja pelo simples facto de que é de outra pessoa, de outro ser que talvez esteja influenciado pelo seu passado, vivendo muito pouco o seu presente...

Pausa, olho a luz da manhã, sorriu para o sol...


Percebo que a humanidade não vive, apenas sobrevive...

Caminha sem saber muito bem para onde e procura assemelhar-se àquilo que nada é, afastando-se, cada vez mais, do que realmente deveria ser...

Destrói o planeta, a terra que a acolhe, a natureza que lhe possibilitou estar aqui e agora apto para viver sensações e experiências em troca de coisas fabricadas, de emoções inventadas segundo as de outros, afastado-se cada vez mais dos seus semelhantes, criando relações estreitas com as "coisas", desumanizando-se, descaracterizando-se, perdendo-se nas relações com o nada!

E, por isso, trazem no seu semblante o peso carregado da frustração...

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