Sorri e o Mundo Sorri Contigo por Luísa Sargento

13 outubro 2009

"É preciso ler muito e viajar bastante para esgarçar os antolhos que espremem a nossa inteligência." DeRose

Ao visitar o blog do DeRose e ler este sútra, lembrei-me de todas as minhas experiências fora de Portugal e mesmo dentro deste magnífico país.





Revisitei os meus 15 anos. Projecto Columbus: Portugueses em Génova. Adorei, fiquei em casa da Emanuela que tinha a minha idade e fazia anos no mesmo dia que eu, fui recebida num jantar com amigos da família (os pais da Emanuela tinham-se esquecido que eu ia para lá nesse dia). Muito divertido, mas o que achei diferente em quase todos os dias daquela semana foi as refeições: primeiro os bifes eram todos iguais, em Portugal isso ainda não se usava; depois pudim ao pequeno-almoço; peixe esmigalhado com espinhas ao jantar; o prego que afinal era uma palavra mágica - obrigada, à qual nós respondíamos bifana lol; os nossos s'tores a falarem mal (leia-se a dizerem asneiras) e as magnífica pizzas com massa fina.




Um ano mais tarde, o mesmo Projecto leva-me a Barcelona, podia escolher entre esta cidade e Antuérpia mas preferi nuestros hermanos. Era a mais velha do grupo, pois comigo foram os alunos do 10º ano e eu já andava no 11º. Chegámos lá armados em betos do Restelo lol eles de fato nós (as meninas) feitas árvores de Natal, enganamo-nos na roupa: fomos para a uma escola de filhos de operários, esquerda em força e quase todos eram heavy metals. Adorei!!! Completamente fora daquilo a que estava habituada... Passávamos as tardes no Fiesta que desgraça lol ai lembrei-me da minha paixão espanhola: o Ivan... A minha família sempre em festa! Fantástico foi, agora, através do Facebook, ter encontrado o Ferrán que esteve em minha casa no ano a seguir.



Mais um ano de Projecto Columbus e foi a minha vez de receber alguém (fiquei de castigo por causa das notas e não pude ir a Palermo... é que neste Projecto eramos escolhidos a dedo). Recebi dois alunos da escola de Barcelona. E foi a minha vez de lhes mostrar como se vivia em Portugal! Ainda neste mesmo ano, recebi como presente de 18 anos a passagem para Genéve. Foi diferente porque fui com a minha mãe, mas valeu pela cidade, pelo cantão francês da Suiça. Ali as pessoas eram civilizadas lol não deitavam o papel para o chão; os jardins eram lindos; tinham motas estranhíssimas; que nesta últimas eleições foram usadas pelo MMs para propaganda (15 anos mais tarde); os chocolates; os repuxos de água (copiados pela CMO anos mais tarde ali na praia de Sto Amaro). Muito bom!



Depois só voltei a sair de Portugal aos 24, novamente em Projecto escolar: um estágio no âmbito da Pós-graduação que fiz no ISPA, em Reabilitação e Inserção Social. O meu primeiro pé em terras francesas: Estrasburgo. Desta feita, ficámos numa residência de estudantes. A Alemanha lá ao fundo... E aproveitei para também imaginar o que teria sido se tivesse enveredado pelo caminho da minha licenciatura - Estudos Europeus (Relações Internacionais).





Sete anos depois de volta à França mas agora Paris. Local de estadia a Unidade Rive Gauche. Continuando em formação: exame na Fedération Française de SwáSthya Yôga, cursos com o Mestre DeRose, convívio com amigos que partilham um mesmo ideal de vida.



Em suma, todas as minhas viagens têm sido maioritariamente em formação profissional, mas essencialmente em formação pessoal.



Quando visito uma cidade, o que me importa, em primeiro lugar, é sentir as gentes, os seus hábitos, a sua energia. Passear um pouco sozinha e observar o que me rodeia, aquilo que sou num local supostamente estranho. Procurar não analisar o porquê de naquele sítio se fazer as coisas de forma diferente e sim deixar essa diferença impregnar-se no meu ser. Identificando-me com esse todo que passará a fazer parte de mim, tornando-me uma pessoa cada vez mais tolerante. É isso que eu ganho em cada viagem que faço: AMOR!!!



Já está na hora de agarrar na mochila e caminhar por aí!!!

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