Sorri e o Mundo Sorri Contigo por Luísa Sargento

15 julho 2012

Continuando II...



Cá estamos de novo! Espero que esteja tudo a correr às mil maravilhas, hoje vamos passar a algo mais concreto, vou dar alguns exemplos de como não chegar a uma situação de tensão face à crise, ou seja, àquilo que, se calhar, deverias ter feito antes de ter chegado este fantástico período de recessão económica. Não te culpabilizes, não és o único...

Imaginemos que o valor que arrecadas todos os meses (e vamos arredondar para facilitar as contas) são 1000€ (nada mau, hein?! :P) como é óbvio as tuas despesas mensais nunca poderão ser 1000€ muito menos 1200€ a contar com os tais dos subsídios de Natal e de Férias (se há coisa que nunca percebi fui isto: esbanjar o subsídio de Férias para fazer aquela viagem só para se dizer que fui a tal sítio quando já se ganha 12 ordenados e se trabalha apenas 11 meses e pegar no subsídio de Natal para comprar brinquedos que passado um mês ficam guardados na despensa. É que há muita gente que só ganha nos meses que trabalha e aqueles que trabalham 11 meses e recebem 14 meses ainda se queixam que não têm dinheiro... Enfim, não estou a pôr em causa que se ganha mal, porque se ganha mas muito desse mal que se ganha se deve a quem aceita essas condições estragando todo o esforço feito por muitos, durante anos, na reivindicação de melhores condições...). Tens de pensar que no máximo dos máximos será melhor gastar apenas metade do que ganhas, neste caso 500€. Impossível?!? Claro que é possível, há famílias que vivem com o ordenado mínimo que são 485€. Relembra as tuas prioridades!

Começa por analisar se realmente precisas de uma casa tão grande e tão cara: uma pessoa num T3 espaçoso no Chiado a ganhar 1000€, não me parece viável (a não ser que arrendes os outros 2 quartos ou até os 3 e durmas na sala). Num T0 talvez mas com um carro topo de gama e sem garagem também não me parece que vá resultar. Há que viver segundo as nossas possibilidades e não segundo as possibilidades que desejaríamos ter. Acho óptimo ser-se e ambicioso, desejar-se mais mas enquanto esse mais não aparece convém não acumular um mais nas despesas. É óbvio, eu sei, mas então explica-me porque é que mais de metade de Portugal está no estado em que está? A culpa não é toda das políticas de austeridade (maldita União ECONÓMICA Europeia...) mas também da mania das grandezas que os portugueses têm. E o pior é que essa mais que metade de Portugal está e/ou é infeliz! Contudo estes meus pensamentos vão na direcção de uma pequena franja dessa metade...

É necessário fazer contas, somar as despesas e ver onde dá para reduzir. Vais ficar surpreendido com o que ainda podes fazer e como isso poderá dar frutos a nível ambiental. Sim, desligar as luzes; fechar as torneiras enquanto pões o amaciador (já nem falo do shampô ou gel ou dos dentes); enquanto esperas que a àgua aqueça para o teu apetecível banho usa-a na sanita ou coloca-a num balde para lavares o chão; acabar com o stand by; usar os programas mais económicos nas máquinas de lavar; usar a ocoball na roupa que não tem nódoas; comprar os legumes e as frutas que vais necessitar de imediato para não apodredecerem; usar transportes públicos ou bicicleta, skate e afins sempre que isso seja viável; ligar os aquecedores por períodos curtos e em espaços pequenos, não morres de frio há sempre aquele casaco que ainda não está bom para dar mas também não está bom para usar na rua e que é tão quentinho; etc, etc (sempre que me lembrar de mais algum etc partilharei).

Ah é verdade, não vale levar a roupa a lavar à mãe ou à avó para não gastar em casa!!! Até uma próxima e boas contas! E acaba com os Cartões de Crédito: se não tens dinheiro para comprar, não compres mesmo que pareça um bom negócio!!!

Sem comentários:

Enviar um comentário